quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Amigos!

É difícil algum dia que passe no qual eu não pense em meus amigos. Talvez não todos eles todos os dias, mas praticamente... Agora, nesses tempos em que a Roda da Vida me condicionou a um afastamento, a importância deles para mim se ressalta, assim como a saudade e a nostalgia.

Marquito e suas correrias, seus atrasos, suas enroladas. Seu coração imenso e atrapalhado. Quando penso nele, penso em passeios suicidas de carro, mesas de Jangas, Juarezes, Zepellins, com pilhas (e pilhas!) de garrafas de Brahmas, Antarcticas e, em algum cantinho, algumas Franciscaners, porque todo mundo já foi rico por um dia.

Alemão e o eterno ensinar. Quando ele aprendia, ele não deixava transparecer, mas eu sabia que tinha entrado alguma coisa naquela cabeça dura. Longas experiências, conversas, noites de xadrez (cheeeess!), rock'n'roll dos anos 60 e 70, e uma abertura de corações dificilmente encontrada.

Alberto e seus conselhos. Muitas vezes não ouvidos, mas dados mesmo assim. Noites de riso, de mesa, de cerveja. De feijão frio com catchup na larica da bebedeira. Uma cama improvisada, mas aconchegante, um sorriso, um abraço, por vezes um irmão, por outras um pai (dado a idade dele, lógico, haha).

Douglas e suas confusões. Mas acima disso, o Douglas pra mim é música! É um tempo bom que não volta mais. Ele e seus sonhos, suas fugas, suas cagadas. Mas e quem consegue ficar brabo com ele mais de dois dias?

Débora e a alegria. Os risos, a idiotice, as partidas de War, filmes, Chico, Los Hermanos, tardes de sol no Sandubom, uma irmã que não nasceu da minha mãe. Arrumou um marido barbudo e muito gente boa. Eu já falei da cerveja aqui? Hahaha...

Josenita (filha do seu José e da dona Anita) e a doçura. O carinho extremo que por muitas vezes não soube reconhecer. O companheirismo mudo, mas sempre presente, a eterna disposição para tudo. Uma pessoa que merece toda a felicidade desse mundo.

Maikon e o mau humor. Senso de justiça, luta. Companheiro para discussões, conversas, que mostrou (e ainda mostra) uma evolução fantástica, que apesar de tomar na cara, não desiste, levanta, dá um jeito aqui, um jeito ali, sem "jeitinho". Pensar no Maikon me faz pensar em The Clash, em tardes no DCE, em comida de soja, haha!

Cibele. Uma amiga que a vida transformou em companheira, esposa, mulher. Ela cabe aqui pois as vezes mesmo estando na mesma casa, mas em cômodos diferentes, já sinto saudades. O carinho, a paciência, o companheirismo. As broncas, os bicos, os olhos cheios de vontade de viver. A pessoa que talvez mais me conheça. Aguentou muita coisa ao meu lado, coisas que fariam outras pessoas correr, ir embora, mas ela ficou, aguentou, e me apoiou. E dorme de um jeito tão fofo...


Meus amigos. Todos vocês participaram da construção deste homem confuso que hoje aqui escreve. A todos vocês, não importa quando e onde, sempre estará disponível aqui "as mãos e o coração livres e quentes, chimarrão e leveza", como diria o Humberto Gessinger.

Amo vocês!

3 comentários:

Alberto Ferreira disse...

Grande Fifi, (agora fino, mas ainda grande)
Que bom ler suas palavras.
Ler e deixa encharcar de memórias o dia.
Sinta-se abraçado, com força.

Marquito disse...

:)
Legal o seu texto Filipe !
Saudade parceiro!
Grande abraço!

Débora disse...

Idiotice?! Eu?!

Ainda bem que eu não nasci da dona Fátima, ela perderia todo o seu glamour. haha

Beijo, beijo!