Ontem, antes de dormir, me coloquei a ler algumas coisas do Eduardo Galeano. Nas minhas viagens, pensei nesse pequeno texto que segue abaixo.
Entretanto, qual não foi minha surpresa agora ao abrir o blog e dar de cara com isso.
Segue o texto:
"O menino nascera cego, mas enxergava sempre através do pai. Certo dia, lá pelos 11,12 anos, o menino ouvira falar na escola sobre as cores e, curioso como toda criança, chegou em casa e perguntou:
- Pai, o que é amarelo?
O pai, vendo ali uma oportunidade de ensinar, disse ao filho:
- Vamos fazer um piquenique, lá vou lhe ensinar sobre as cores.
Animados, partiram os dois para um bosque nas cercanias da cidade onde moravam. Ao chegar em tal lugar, estenderam uma toalha no chão, em um lugar ensolarado.
- Filho, está sentindo o calor do sol?
- Sim pai!
- Isso é amarelo.
Logo depois, o pai levou o menino até um ribeirão manso que corria ali, e fez o menino entrar na água tépida, que corria preguiçosamente:
- Está sentindo a água? Isso é azul.
Quando saíram do ribeirão, os pés do menino tocaram a grama:
- Sente a grama debaixo dos seus pés filho? Isso é o verde.
Felizes e se sentindo bem, os dois sentaram novamente na toalha e começaram a comer.
- Pai?
- Sim filho?
- E o vermelho pai? Como é?
Após pensar por brevíssimos instantes, o pai responde:
- Dá a mão filho.
O pai pegou o polegar do filho e, com a faca, abriu um pequeno talho no dedo do garoto, que instintivamente puxou a mão para si e, com seus olhos vazios, mirou o pai de maneira inquisitiva:
- Pai! Por que isso?
- Está sentindo o sangue que está saindo de seu dedo?
- Sim pai – o menino mostrava sua tristeza e parecia realmente não entender nada.
- Então filho, isso é vermelho. É do que somos feitos, é a nossa vida. E muitas vezes, para senti-la plenamente, mais do que alegria, é necessário um pouco de dor."
Entretanto, qual não foi minha surpresa agora ao abrir o blog e dar de cara com isso.
Segue o texto:
"O menino nascera cego, mas enxergava sempre através do pai. Certo dia, lá pelos 11,12 anos, o menino ouvira falar na escola sobre as cores e, curioso como toda criança, chegou em casa e perguntou:
- Pai, o que é amarelo?
O pai, vendo ali uma oportunidade de ensinar, disse ao filho:
- Vamos fazer um piquenique, lá vou lhe ensinar sobre as cores.
Animados, partiram os dois para um bosque nas cercanias da cidade onde moravam. Ao chegar em tal lugar, estenderam uma toalha no chão, em um lugar ensolarado.
- Filho, está sentindo o calor do sol?
- Sim pai!
- Isso é amarelo.
Logo depois, o pai levou o menino até um ribeirão manso que corria ali, e fez o menino entrar na água tépida, que corria preguiçosamente:
- Está sentindo a água? Isso é azul.
Quando saíram do ribeirão, os pés do menino tocaram a grama:
- Sente a grama debaixo dos seus pés filho? Isso é o verde.
Felizes e se sentindo bem, os dois sentaram novamente na toalha e começaram a comer.
- Pai?
- Sim filho?
- E o vermelho pai? Como é?
Após pensar por brevíssimos instantes, o pai responde:
- Dá a mão filho.
O pai pegou o polegar do filho e, com a faca, abriu um pequeno talho no dedo do garoto, que instintivamente puxou a mão para si e, com seus olhos vazios, mirou o pai de maneira inquisitiva:
- Pai! Por que isso?
- Está sentindo o sangue que está saindo de seu dedo?
- Sim pai – o menino mostrava sua tristeza e parecia realmente não entender nada.
- Então filho, isso é vermelho. É do que somos feitos, é a nossa vida. E muitas vezes, para senti-la plenamente, mais do que alegria, é necessário um pouco de dor."
2 comentários:
hahahaha
que coisa, hein?
maikon k
www.vivonacidade.blogspot.com
Uou! Deve ser a semana Galeano, sim. Vou conferir no meu calendário (er).
Mas ah, o cara é bom, né? Todas as semanas deveriam ter pitadas dele...
Postar um comentário