É muito comum dentro da Bíblia, encontrarmos a figuração da "destra" de Deus, como se Ele não pudesse ser canhoto, como o Rivelino. Brincadeiras a parte, é interessante sempre pensar e relembrar do discurso de termos tal qual "direita" como algo bom, louvável, que protege. Já o termo "canhoto", vem de "canhestro", que vem do latim com o significado de "coisa ruim", o (im)popular diabo. Na idade média, pessoas hábeis com a mão esquerda eram considerados bruxos, hereges e afins.
Na literatura mais atual (atual aqui me refiro a pós 1950), é comum encontrarmos o termo "canhoto das idéias", para designar aqueles que posicionavam-se à esquerda de um mundo dividido (claramente, diga-se de passagem) entre esquerda e direita.
Mas por que esse blá-blá-blá todo agora?
Qual é a ligação entre cristianismo e direita (agora politicamente falando)? Em que momento um discurso, uma vontade de poder, apropriou-se de uma mensagem viva de amor e liberdade e passou a usá-la como opressora e discriminatória, numa inversão da retórica evangélica de fazer inveja ao alemão bigodudo.
No mundo atual, creio que o evangelho aproxima-se muito mais dos discursos de "esquerda" do que os de "direita" (utilizo aqui velhos termos para separar velhas coisas), por conta da intenção dos canhotos da idéia de buscar a justiça e a igualdade aqui na terra. Basta pensar no que disse Cristo em Mt 6:33: "Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Jesus aqui nada fala de "buscai primeiro o reino de Deus e a sua moralidade, ou a sua lógica", mas sim a sua justiça.
Cabe pensar aqui, que a ojeriza da "esquerda" em relação à Cristo e à Sua palavra, deve-se e muito à igreja católica e sua dominação por vários séculos nas mentes, costumes, vontades e interesses humanos. A partir dos séculos XV, XVI, temos um anti-clericalismo forte na Europa, que mais tarde se converteria, injustamente, em um anti-teísmo, e que permanece meio entranhado nos movimentos que buscam uma mudança do status quo.
Justiça aqui seja feita, muito (não tudo) da mudança desse panorama deve-se também à igreja católica, principalmente na América Latina, com a Teologia da Libertação (temos aqui também luteranos, pentecostais e ecumênicos, mas tento ser breve).
Hoje, na minha pequena caminhada de vida e de fé, vejo que, muitos desses teólogos da libertação, estavam imbuídos da melhor intenção possível, mas sem saber dosar a ação e a reflexão, mas não falo isso como uma crítica, penso o quanto deve ser complicado ajoelhar e orar enquanto companheiros, pais de família, jovens, são levados no meio da noite e nunca mais voltam. Eram tempos dificílimos, que geraram homens fortes, com idéias fortes, caçados e perseguidos não só por um governo ditatorial, mas também pela própria "mãe" deles, a igreja. Perguntem ao cardeal Ratzinger.
E mais ainda, hoje penso, por que confiar somente na destra de Deus? Penso nEle como um ambidestro...
Na literatura mais atual (atual aqui me refiro a pós 1950), é comum encontrarmos o termo "canhoto das idéias", para designar aqueles que posicionavam-se à esquerda de um mundo dividido (claramente, diga-se de passagem) entre esquerda e direita.
Mas por que esse blá-blá-blá todo agora?
Qual é a ligação entre cristianismo e direita (agora politicamente falando)? Em que momento um discurso, uma vontade de poder, apropriou-se de uma mensagem viva de amor e liberdade e passou a usá-la como opressora e discriminatória, numa inversão da retórica evangélica de fazer inveja ao alemão bigodudo.
No mundo atual, creio que o evangelho aproxima-se muito mais dos discursos de "esquerda" do que os de "direita" (utilizo aqui velhos termos para separar velhas coisas), por conta da intenção dos canhotos da idéia de buscar a justiça e a igualdade aqui na terra. Basta pensar no que disse Cristo em Mt 6:33: "Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Jesus aqui nada fala de "buscai primeiro o reino de Deus e a sua moralidade, ou a sua lógica", mas sim a sua justiça.
Cabe pensar aqui, que a ojeriza da "esquerda" em relação à Cristo e à Sua palavra, deve-se e muito à igreja católica e sua dominação por vários séculos nas mentes, costumes, vontades e interesses humanos. A partir dos séculos XV, XVI, temos um anti-clericalismo forte na Europa, que mais tarde se converteria, injustamente, em um anti-teísmo, e que permanece meio entranhado nos movimentos que buscam uma mudança do status quo.
Justiça aqui seja feita, muito (não tudo) da mudança desse panorama deve-se também à igreja católica, principalmente na América Latina, com a Teologia da Libertação (temos aqui também luteranos, pentecostais e ecumênicos, mas tento ser breve).
Hoje, na minha pequena caminhada de vida e de fé, vejo que, muitos desses teólogos da libertação, estavam imbuídos da melhor intenção possível, mas sem saber dosar a ação e a reflexão, mas não falo isso como uma crítica, penso o quanto deve ser complicado ajoelhar e orar enquanto companheiros, pais de família, jovens, são levados no meio da noite e nunca mais voltam. Eram tempos dificílimos, que geraram homens fortes, com idéias fortes, caçados e perseguidos não só por um governo ditatorial, mas também pela própria "mãe" deles, a igreja. Perguntem ao cardeal Ratzinger.
E mais ainda, hoje penso, por que confiar somente na destra de Deus? Penso nEle como um ambidestro...
6 comentários:
cara, eu volto ler sua postagem
me cobra a leitura.
abraço
deus é um cara de centro, transitando entre a esquerda e a direita ?
desculpe a piadinha ;-)
Segundo não sei quem o primeiro nome do cara é Adolf:
Adolf Ratzinger.
Ei!
Estive la no blog do Cheff e acabei vindo aqui no seu blog conhecer.
Sou canhota,artista de alma e ei bem dessas cosias de ser taxada de esquisita a partir de ser canhota...
Adorei suas colocações.Vou passear mais um pouco por aqui.
O Cheff caiu por acaso no meu blog, passa la depois e deixa sua marca por la.
Não ha como seguir seu blog por aqui?
Bjins entre sonhos e delírios
Cara, tu sabe que eu não consigo concordar 100% com isso. Não consigo ver como uma religião, tal qual um partido político ou a própria universidade, pode gerar algo positivo. Às vezes acontece, mas no geral são instituições feitas para dogmatizar e prender.
Nessa linha de raciocínio, eu vejo que acabar com essas instituições seja a melhor saída para uma luta por seres humanos que acreditem na igualdade e, como acredito que a religião criou deus e não o inverso, vejo no combater a idéia de uma força superior como um dos objetivos.
beijocas.
Existe uma diferença entre religião e religiosidade.
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